Paternidade x À Procura da Felicidade: Que tal quebrar o ciclo de abandono?

Raiane Natália
6 de ago.
2 min de leitura

Você já assistiu o filme À Procura da Felicidade? Muito provavelmente, você já deve ter o visto na Sessão da Tarde, que nem eu.

Will Smith dá vida ao personagem Chris Gardner, que é um pai que vive no limite da vida. Sem emprego, sem casa, sem segurança alguma… mas com um filho nos braços, que, pra ele, é tudo. O filme é um retrato da paternidade num mundo cheio de desafios, medo e, também, perseverança.

Tudo fica ainda mais emocionante quando descobrimos que Christopher Gardner, personagem do filho, é interpretado por Jaden Smith, que é filho do próprio Will. No filme, ele representa a esperança e é o que move a força do pai pra sobreviver no meio do caos. Na trama, eles são cúmplices um do outro.

É como andar de mão dada com a segurança, ainda que tudo esteja difícil ao redor.

Ainda no início do filme, Chris, dentro de um táxi, resolve um cubo mágico (que pra muitos é um grande problema), mas o que muitos não percebem é que aquela resolução é como um arsenal de tentativas para resolver a própria vida.

O cubo é mais do que um objeto: é uma reflexão sobre como tudo na vida pode ser resolvido, ao mesmo tempo umas certezas desencaixam de outras. E a paternidade é assim.

Filme À procura da felicidade — Fonte: UOL Notícias

O filme emociona porque é umas das realidades que vivemos. Ele mostra, no dia a dia, como quebrar o ciclo do abandono mesmo que tudo no presente momento esteja uma loucura. O personagem de Will mostra que ser pai é mais do que sustentar: é ensinar como fazer, pra aquele que cresce o observando.

E não tem como ignorar: no Brasil, boa parte dos homens pretos cresce sem figuras paternas presentes. Isso transforma tudo. O afeto, o cuidado, a educação. Mas também faz com que muitos desses homens, como Chris, decidam ser o oposto da ausência que viveram. Decidam ser, neste caso, a base de amor que os filhos precisam. E pra isso, basta reconhecer a necessidade do outro.