Parto humanizado: como parir precisa ser um ato de escolha
- Raiane Natália
- 30 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de ago.

Nem todas as pessoas com útero que engravidam querem ou conseguem ter um parto humanizado, mas todas deveriam saber que ele existe.
É no parto, justamente no momento em que mais se espera cuidado, que muitas mulheres sentem o oposto: pressa, imposição, pressão. Por isso, o termo parto humanizado vem ganhando espaço. Mas ele é mais mais complexo que apenas parir na banheira com luz baixa e playlist de fundo.
Parto humanizado não é um estilo, é um direito.
É quando a gestante tem suas escolhas respeitadas. É um processo onde existe escuta, informação e, principalmente, acolhimento.
Pode ser parto normal, cesárea, com anestesia, em casa ou no hospital. O foco não é exatamente em como acontecerá o nascimento do bebê, mas sobre como ela quer que ele aconteça e os fatores em torno disso.
🤨🫠 E se você pensa que esse método é raro ou nunca ouviu falar, eu te entendo!

O Brasil tem uma das maiores taxas de cesáreas do mundo: mais de 57% dos partos são cirúrgicos, mesmo que a OMS recomende bem menos.
Isso mostra que, na maioria das vezes, a mulher não é quem decide.
Talvez, você tenha ouvido falar de um caso bem atual: o da cantora Lexa, que infelizmente perdeu sua filha num parto prematuro acarretado por uma pré-eclâmpsia grave da cantora. Em entrevista ao Fantástico em 23 de fevereiro, a cantora disse:
“Eu tava ali lutando semana a semana pra segurar a gestação, porque eu sabia que quanto mais tempo na minha barriga, era uma possibilidade de vida dela. [...] Ela eram muito pequenininha, mas muito linda. Muito linda. E a primeira vez que eu a carreguei, ela tinha tido duas paradas cardíacas”, contou sobre a filha, que morreu três dias depois do parto.
“A impressão que eu tenho é que não vai ter um dia da minha vida que eu não vá chorar. É muito difícil”.
(Fonte: Gshow)

O caso Lexa reacendeu a pauta sobre violência obstetrícia e parto humanizado. Embora a cantora não tenha relatado nenhum tipo de violência no seu processo, devido a sua ampla visibilidade, o assunto veio a tona e vem sendo debatido e falado por diversas pessoas.
Dados da Fundação Perseu Abramo mostram que uma em cada quatro mulheres já sofreu violência obstétrica no Brasil.
Humanizar o parto é humanizar a saúde. É entender que o nascimento de alguém também é sobre a pessoa que dá a vida. Amanhã, no episódio 4, da segunda temporada do Cria que Pod!, receberemos a Psicóloga Obstétrica, Ravena Leite, que nos falará sobre parto humanizado e outras questões, afinal: se não amamenta, não é mãe?! Você entenderá tudo isso amanhã, 19h30 no Youtube! (clique para conhecer o canal)
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