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Cidade Invisível: Como enxergar com respeito as pessoas em situação de rua?

  • Foto do escritor: Raiane Natália
    Raiane Natália
  • 16 de jul.
  • 2 min de leitura
fundo escuro, mãos negras ao redor de uma vela acesa, texto em cima e embaixo.

Tem gente que a cidade insiste em apagar. Mas elas seguem ali: vivendo, sentindo, resistindo.


Pessoas em situação de rua não são invisíveis; é o nosso olhar que se acostumou a não ver.

Mas, ainda há quem olhe e transforme esse olhar em carinho, cuidado, acolhimento e arte. Foi o que fez Fernando Souza (conheça o perfil do Fernando no Instagram clicando aqui), ator, roteirista e diretor de teatro aqui em Feira de Santana, que criou a peça Calçadas Invisíveis, apresentada na Mostra de Cenas Denise Chaves, no Cuca (Centro Universitário de Cultura e Artes da UEFS).


atores representando personagens de pessoas de rua em cena, palco de teatro
Cenas da Peça teatral Calçadas Invisíveis

No palco, cada um dos personagens era inspirado em alguém real: pessoas em situação de rua na cidade, que tiveram suas histórias ouvidas e abraçadas, e que foram trazidas à cena na tentativa de mostrar que existe vida, sim, onde muitos fingem não ver.


A peça é dura, sensível e necessária.

Ela traz justamente toda história que não conhecemos, mas, que serve como um chá de realidade. As pessoas não são invisíveis. Elas são, na verdade, apagadas pela sociedade. Durante toda a apresentação, é impossível não se emocionar com a entrega do elenco em cena, que deu vida e voz àqueles que tanto precisam desse reparo.


elenco de atores da peça Calçadas invisíveis num palco com dois cartazes

Esse olhar cuidadoso e a ideia de contar as histórias dessas pessoas, que sentem fome, sede e frio, assim como também sentem dor, amor e saudade, já que são humanas, é uma iniciativa para uma sociedade um pouco mais sensível. O fato é que não basta apenas ver, mas enxergar que essas pessoas existem e são, claro, pessoas, que nasceram com os mesmos direitos que cada um de nós.


Segundo uma reportagem do Jornal Correios, publicada em abril de 2025, o número de famílias em situação de rua mais que triplicou em cinco anos na Bahia, o Estado registrou mais de 14 mil núcleos familiares em situação de extrema vulnerabilidade. (Confira a matéria do Jornal Correios clicando aqui)


O verdadeiro objetivo é que a obra não sirva apenas para emocionar a plateia da porta do teatro para dentro.


É importante que a compreensão da peça exista para além do palco.

O coletivo FSA Invisível (conheça o perfil da ONG clicando aqui), aqui em Feira de Santana, segue pelas ruas da cidade com o objetivo de ouvir e cuidar dessas pessoas. E você, claro, pode fazer parte disso com doações de roupas, alimentos e outras necessidades da ONG, como por exemplo, o serviço voluntário. Basta entrar em contato através do Instagram: @fsa.invisivel.


pessoas em ação de cuidado com pessoas de rua
Fonte: Reprodução/Instagram

Nós podemos enxergar cada uma dessas pessoas. Elas não escolheram ser invisíveis, mas nós podemos escolher mudar a maneira como elas são vistas.


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